MayPac: Las Vegas em sinal de alerta total
Baldini
Esta é a frase que mais ouço desde que cheguei a Las Vegas: ''Você está aqui por causa daluta? Então, cuidado!'' Em 19 anos que venho a Las Vegas, não me lembro de tanta preocupação com a segurança. Nada ostensivo, mas muito atuante. As autoridades da cidade informaram que os 150 mil quartos disponíveis tiveram como primeira opção de entretenimento a luta de sábado.
Para que tudo corra bem, 2,5 mil policiais e mais 650 bombeiros foram destacados para trabalhar durante toda a semana. ''Nossa preocupação não é apenas no dia da luta, mas na semana da luta'', disse Gary Schofield, chefe da polícia de Las Vegas. A Cidade do Jogo vive de suas atrações e para mantê-las como atrações para o público é preciso cuidar da segurança do público.
O setor da cidade que mais será policiado será o quarteirão do MGM, local da luta. Com seus 5.005 quartos, o hotel terá vários pontos de fiscalização. Afinal a história mostra que problemas ocorrem em eventos de boxe em Las Vegas.
Em 1993, James Miller, um fã de boxe, invadiu o ringue pelos céus, de pára-quedas, onde lutavam Evander Holyfield e Riddick Bowe. Em 1996, o rapper Tupac Shapur foi morto a tiros a poucos metros do MGM, onde Mike Tyson poucas horas antes havia vencido Bruce Seldon. Em 1997, uma briga generalizada destruiu parte do casino do MGM depois de Tyson morder as orelhas de Evander Holyfield. E para completar, ano passado, uma briga grande envolveu torcedores depois de Mayweather vencer o argentino Marcos Maidana. Cerca de 50 pessoas ficaram feridas.
Bob Bennett, diretor executivo da Comissão Atlética de Nevada, diz que o problema é o consumo em excesso de bebida nas numerosas festas dentro e fora dos casinos.