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Não há motivos para criticar os brasileiros que lutam no exterior

Baldini

Fabiano Pena aceitou lutar em cima da hora contra o invicto Trevor McCumby, sexta-feira à noite, e foi derrotado por nocaute no segundo assalto. Raphael Zumbano teve a coragem de enfrentar o fortíssimo Anthony Joshua, na Inglaterra, e teve o mesmo resultado. E a lista de brasileiros que vão para o exterior em verdadeiras ''roubadas'' é cada vez maior.

Não é agradável ver os poucos e valentes boxeadores brasileiros serem massacrados no exterior. Mas qual alternativa podemos dar? Os raros eventos de boxe que temos no País não pagam o suficiente para esses atletas honrarem suas contas e cuidarem de suas famílias.

Eder Jofre só conseguiu trazer grandes lutas para o Brasil depois de ganhar o título mundial lá fora. Com Miguel de Oliveira, Popó e Sertão não foi diferente. E com eles foi pior. Nenhum conseguiu defender o cinturão em casa.

Por pior que seja a situação, é melhor lutar no exterior e ficar no Brasil passando fome. Lógico que os empresários não terão a mínima preocupação com o estado físico ou pessoal dos pugilistas. Cabe ao ''país olímpico'' cuidar de seus esportistas.

Mas isso jamais vai acontecer. O brasileiro não gosta de esporte. Gosta de vencedores. No futuro, se um ''herói'' chegar ao título, terá suas lutas disputadas por emissoras de TV, que farão matérias com seus familiares em todos os programas de sua grade de programação.

Enquanto o título não vem, a nobre arte jamais terá um espaço digno na mídia, que se afoga com ''eletrizantes'' jogos do Campeonato Grego, Turco, Mexicano, Americano….. do falido futebol.

Só uma coisa não temos o direito de fazer. Criticar os boxeadores nacionais. Mesmo que errem em suas escolhas. São verdadeiros heróis.

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