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Isaac Rodrigues, o boxeador que tem de matar um leão por dia em Belém

Baldini

Trabalhar com boxe no Brasil é muito difícil. Difícil para os boxeadores, técnicos, professores e até para os jornalistas. Tudo por causa da monocultura do esporte reinante por aqui. E com a nobre arte é ainda pior do que com outros esportes, pois existe também preconceito e uma certa má vontade dos meios de comunicação em transmitir as principais lutas que ocorrem no mundo, coisa que já não acontece com vôlei, tênis ou natação.

Considero todos os boxeadores brasileiros, sem exceção, verdadeiros heróis. Lutam por amor ao esporte e em condições paupérrimas, sem apoio e sem reconhecimento.

Muitos são os exemplos de determinação, mas vou pegar o peso médio Isaac Rodrigues, que mata um leão por dia em Belém. Ele ostenta o cinturão da Federação Mundial de Boxe e vai lutar na preliminar do retorno de Acelino Popó Freitas, na Arena Santos, dia 15 de agosto. Título que, apesar de não ter o mesmo peso de outros, é de um valor altíssimo para quem não possui nenhum tipo de incentivo.

Fico imaginando o quanto deve ser difícil lutar em Belém se em outros centros mais privilegiados economicamente no Brasil, como São Paulo, Rio, Porto Alegre e Belo Horizonte, a nobre arte praticamente não existe.

Ao nosso ''matador de leão'' de Belém, fica a nossa torcida, assim como para todos os outros pugilistas nacionais, que dão a cara para bater com coragem e determinação.