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Deontay Wilder só tem o direto de direita. Mas o golpe é um coice de mula

Baldini

Deontay Wilder manteve o cinturão mundial dos pesos pesados, versão Conselho Mundial de Boxe, ao nocautear o polonês Artur Szpilka no nono round, nesta madrugada de domingo, no Barclays Center, no Brooklyn, Nova York, diante de 12.668 espectadores.

Na minha análise, Wilder perdia a luta. Mal preparado fisicamente, sem noção de distância e pouco criatvo no ataque, o norte-americano deu moral para o polonês, que, apesar da fragilidade técnica, mostrou-se corajoso e determinado.

Os jurados pensavam diferente e davam vantagem para o americano: 78 a 74 (duas vezes) e 77 a 75.

Durante a transmissão do canal FOX Sports disse que se Szpilka mantivesse a distância e a movimentação iria vencer a luta. Foi nesse exato momento que surgiu o direto de direita de Wilder.

Devastador, um verdadeiro coice de mula, acertou em cheio o rosto do polonês, que passou a noite de sábado no hospital. Alguns críticos dizem que este golpe é tão poderoso quanto era o de George Foreman. Vale a pena calcular.

O invicto Wilder soma 36 vitórias, com 35 nocautes, mas não tem mostrado evolução técnica desde que se tornou campeão a exato um ano.

Mas o seu direto de direita pode resolver qualquer problema. Com isso, Wilder pode derrubar qualquer um, mesmo sendo menos qualificado tecnicamente do que o britânico Anthony Joshua, por exemplo.