George Foreman demonstrou toda sua tristeza ao comentar a morte de Muhammad Ali. ''Ali, Frazier e eu formávamos uma só pessoa. Uma parte de mim escapuliu. A maior delas.''

George Foreman, Joe Frazier e Muhammad Ali travaram grandes duelos na década de 70. Em 1974, Foreman perdeu para Ali na lendária luta no Zaire.

A família de Muhammad Ali informou que o corpo do ex-campeão mundial dos pesos pesados vai ser enterrado em Lousville, Kentucky, sua cidade natal.

Está prevista para este sábado às 12h de Phoenix uma entrevista coletiva, quando serão informados os procedimentos do velório e do enterro de Ali.

Tenho certeza de que seu Baldini foi o primeiro a receber Muhammad Ali no céu. Soltando jab e dando seus pulinhos, meu pai já deve ter falado: ''Oi salame, vem tomar um café que a dona Ivone já fez e está fresquinho.''

Dona Ivone não vai ficar para trás e vai oferecer aquela lasanha suculenta. ''Eu ia deixar para domingo, mas você merece, pois deixou meu filho muito feliz todo esse tempo.''

O paraíso vai ficar ainda mais feliz.

A primeira imagem que tenho de boxe é do dia 9 de março de 1971. Meu pai e meu avô materno conversam na sala sobre a luta entre Muhammad Ali e Joe Frazier, vencida pelos segundo no dia anterior. Eu brincava no chão com carrinhos de ferro.

Em casa sempre se falou muito de boxe e dois nomes dominavam o noticiário: Eder Jofre e Muhammad Ali. Meu pai admirava os dois e sempre brincava comigo, desferindo golpes, imitando os dois.

Seu Baldini era publicitário e trabalhava na TV Tupi. Vendia patrocínio para que as lutas fossem transmitidas para o Brasil.

Aprendi a gostar de boxe. Eu me formei em jornalismo e tentei ver tudo que pude sobre o esporte de Muhammad Ali.

Vai ser difícil ver lutas de novo. A magia foi embora. Estou órfão profissionalmente.

É uma tristeza que dói tanto quanto um soco no fígado.

A luta acabou. Muhammad Ali morre aos 74 anos.

Daqui a pouco mais informações.

Fontes informaram à agência Reuters de que Muhammad Ali tem poucas horas de vida. Uma agência funerária já teria sido avisada para ir ao hospital de Phoenix, no Arizona, onde o ex-campeão mundial dos pesos pesados foi internado ontem com problemas respiratórios.

Filhos e familiares de Ali já se dirigem para Phoenix. ''O estado dele é extraordinariamente grave'', disse um dos parentes.

Hassan N'Dam N'Jikam é o primeiro boxeador profissional a anunciar que vai tentar disputar os Jogos do Rio. O ex-campeão interino dos médios, versão Organização Mundial de Boxe, disse que vai disputar o pré-olímpico mundial em julho, na Venezuela.

Aos 32 anos, Hassan N'Dam N'Jikam soma na carreira 33 vitórias (19 nocautes) e duas derrotas, uma para Peter Quillin e outra para David Lemieux. Ele tem 12 anos de profissional.

Como amador, Hassan N'Dam N'Jikam disputou a olimpíada de Atenas, em 2004. sendo eliminado na terceira rodada. Foram no total 77 triunfos, quatro derrotas e três empates.

''Vou dar todo meu esforço nas lutas de três rounds de três minutos. Espero que uma medalha me leve a disputar mais uma vez o título mundial, talvez em novembro'', disse o pugilista, que mora na França.

Muhammad Ali, o esportista mais importante de todos os tempos, está internado em Phoenix, no Arizona. Ele teve problemas respiratórios, mas segundo a junta médica não corre risco de morte e deve ter alta em poucos dias.

Esta é a segunda vez que Ali é internado no ano. A primeira foi em janeiro, quando teve uma infecção urinária.

Ali, de 74 anos, foi campeão mundial dos pesos pesados três vezes: 1964, 1974 e 1978.

O Conselho Mundial de Boxe confirmou que vai punir com dois anos de suspensão os boxeadores profissionais que estiverem entre os 15 primeiros colocados de cada categoria em seu ranking e participarem dos Jogos Olímpicos do Rio.

''Colocar lutadores amadores diante de profissionais é como colocar maratonistas contra velocistas dos 100 metros rasos'', diz a nota da entidade.

''Basquete, tênis, futebol e outros esportes possuem 'profissionais x amadores'. A diferença é que no boxe não existe gols, cestas ou pontos. Boxe é um esporte de combate e se o nível dos oponentes não for equiibrado pode ficar perigoso.''

Quando o basquete norte-americano levou os profissionais em Barcelona-1992, o que se viu foi um massacra de Michael Jordan, Magic Johnson e Cia. Mas foi um massacre de pontos. Ninguém saiu ferido fisicamente.

Se os profissionais do boxe fossem para o Rio-2016, teríamos também um massacre de pontos, mas seriam nos rostos dos amadores.

Em Tóquio-2020, teremos um super torneio de boxe olímpico. Talvez com todos os profissionais em ação.

Ainda bem que no Rio não deveremos ter os melhores profissionais. Seria um perigo, como disse meu amigo Edgard Alves, mestre do jornalismo esportivo.

Algum pode se aventurar, mas será uma exceção.