É muito difícil que os melhores profissionais do boxe disputem a Olimpíada do Rio. Por uma série de motivos, cujo principal é o financeiro. Mas um nome parece estar disposto a se expor e dar a cara para bater aqui no Brasil em agosto.

Trata-se do filipino Manny Pacquiao. Ex-campeão mundial em oito categorias, o boxeador promete se despedir dos ringues em 9 de abril, quando vai enfrentar pela terceira vez o norte-americano Timothy Bradley.

Pacquiao deslumbra um lugar no Senado filipino e acredita que os Jogos Olímpicos possam ser um bom cabo eleitoral. Em Pequim-2008, Pacman carregou o estandarte das Filipinas e sentiu uma repercussão positiva enorme em seu país.

Ano passado, Pacquiao esteve presente no Mundial de Boxe Amador, em Doha, no Catar, convidado especial de Ching-Kuo Wu, presidente da Associação Mundial de Boxe Amador (AIBA). Na oportunidade, o dirigente tentou seduzir o astro do boxe profissional a participar dos Jogos Olímpicos.

Pacquiao terá seu contrato com a Top Rank encerrado após a luta com Bradley e poderá anunciar sua presença no Rio 2016 em seguida.

Os rumores de que Julio Cesar Chavez Jr. teria abandonado os treinamentos para o combate contra Badou Jack, dia 30 de abril, pelo cinturão mundial dos supermédios, versão Conselho Mundial de Boxe, irritaram o pai do boxeador, a lenda Julio Cesar Chavez.

No programa ''A Los Golpes'', da ESPN mexicana, Chavez, bastante descontrolado, criticou a postura do filho: ''Se este rapaz, que é meu filho, continuar com essa indisciplina, com essa irresponsabilidade, o aconselho a se retirar, a não lutar, porque estou preocupado'', disse o maior boxeador mexicano de todos os tempos.

''Ele (Chavez Jr.) só quer fazer as coisas à sua maneira, treinar quando quer e na hora que quer. E as coisas não são assim na realidade. Eu já não posso mais com essa rapaz. Estou decepcionado com sua apatia e indisciplina'', lamentou o ex-campeão mundial.

Acelino Popó Freitas deverá integrar o time de comentaristas da TV Globo nos Jogos Olímpicos do Rio. Só falta o ex-campeão mundial dos superpenas e leves assinar o contrato.

Popó lutou pela última vez em agosto e tem o plano de se apresentar duas vezes este ano. Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza são as opções de sede para o seu próximo combate.

O sonho da Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA) de ter os profissionais na olimpíada só deverá ser concretizado em Tóquio-2020. Não há tempo hábil para uma transformação tão radical a ponto de refazer todos os organogramas dos torneios pré-olímpicos em todo o mundo.

É bom lembrar que o número de atletas nos Jogos Olímpicos não será alterado, com isso os profissionais que queiram estar no Rio vão ter de enfrentar pelo menos dois grandes obstáculos:

1º a briga por vaga em seu país. É bom lembrar que existe um grupo de amadores treinando no mínimo há quatro anos pelo sonho olímpico e não vão querer perder a vaga na véspera dos Jogos.

2º os grandes pugilistas do profissional possuem contratos milionários com seus empresários e canais de TV, que jamais irão abrir espaço para que seu lutador dispute até cinco lutas sem receber nada em troca.

Considero esta atitude da AIBA um tiro no pé. A entidade sempre teve uma ''guerra'' com o boxe profissional e não sabe o que fazer para parar de ''perder'' seus melhores pugilistas sempre depois dos Jogos Olímpicos para os milhões de dólares do profissionalismo, como aconteceu com os irmãos Falcão, com Everton Lopes e até mesmo com o britânico Anthony Joshua, campeão olímpico dos superpesados, que tomaram este rumo após Londres-2012.

Com exceção de alguns boxeadores ''livres'', a maioria deve permanecer de fora do Rio-2016.

Uma mudança mais radical na estrutura do boxe, se é que ela vai ocorrer um dia, deverá ficar para Tóquio-2020.

Popó completa 41 anos de idade no próximo 21 de setembro. Pelo regulamento da Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA), os pugilistas podem disputar os Jogos Olímpicos até o ano em que completam 40 anos. Com isso, o ex-campeão dos superpenas e leves não poderá participar dos Jogos do Rio, como pretendia.

Os dirigentes da Confederação Brasileira de Boxe vão ter uma última conversa com a AIBA para tentar uma forma de colocar Popó nos Jogos, mas a chance é praticamente nula.

O regulamento da AIBA determina que ''todos os atletas participantes dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 deverão ter nascido entre os dias 1º de janeiro de 1976 e 31 de dezembro de 1997.

A ideia de Popó era figurar na categoria dos 69 quilos, depois que a AIBA abriu as portas para os pugilistas profissionais nos Jogos Olímpicos.

Popó foi amador até 1995, quando sagrou-se vice-campeão pan-americano em Mar Del Plata, na Argentina.

Já o peso pesado Wladimir Klitschko poderá tentar o bicampeonato olímpico. Medalha de ouro em Atlanta-1996, o ucraniano completa 40 anos no próximo dia 25.

Muhammad Ali está sumido dos eventos, mas colocou nesta segunda-feira uma foto sua nas redes sociais.

Barbudo e sempre com o sorriso no rosto, o ex-campeão mundial dos pesos pesados mostrou na foto parte de sua casa, onde alguns quadros relembrando sua carreira estão expostos.

Ali sofre desde 1984 do Mal de Parkinson. Foi campeão dos pesados de 1964 a 1967; de 1974 a 1978; e de 1978 a 1979.

Willian Silva teve a coragem e a determinação de se preparar durante meses para subir no ringue mais importante do boxe para encarar o badalado Felix Verdejo, uma das maiores promessas da nobre arte mundial, apontado para ser o substituto de uma lenda como o porto-riquenho Miguel Cotto.

Lutou durante dez rounds, não sofreu castigo, usou a inteligência para não se expor diante de um pegador. Só faltou um pouco mais de agressividade. A pontuação dos jurados, 100-90, 100-90, 99-91, todas a favor de Verdejo, foi cruel e injusta. 97 a 92 seria melhor, mas não importa.

Willian perdeu pela primeira vez, após 23 triunfos, mas provou, mais uma vez, que o boxe brasileiro possui talentos como em todos os países do mundo, mas nos falta apoio. Apoio governamental, dos empresários, da mídia, principalmente da TV, para que possamos lutar de igual para igual com os melhores. Não adianta passar a luta, mas não dar uma chamada na programação durante toda a semana.

Parabéns Willian. O mais importante agora é aumentar o ritmo de treinamento e a fé. Você é muito novo. Não desista.

Em uma atmosfera incrível na Manchester Arena, Carl Frampton e Scott Quigg fizeram a melhor luta de sábado, na Inglaterra. Frampton venceu por pontos, quebrou a invencibilidade do adversário e unificou o cinturão mundial dos supergalos, versão Federação Internacional de Boxe e Associação Mundial de Boxe.

Frampton foi melhor desde o início, sempre com a iniciativa da luta e abriu boa vantagem até o nono round. Só a partir do décimo, Quigg se impôs. Acertou firme o rival, com um forte e bem colocado upper no 11º assalto, mas era muito pouco e muita tarde para mudar o resultado.

Um jurado viu diferente e deu vitória para Quigg por 115 a 113, enquanto os outros dois deram vitória para o irlandês por 116 a 112. Ao final, o novo campeão unificado ofereceu uma revanche, mas em Belfast.

Frampton segue invicto, agora com 22 vitórias, sendo 14 nocautes. Quigg perdeu pela primeira vez, após 32 triunfos e duas derrotas.

Pena que todo mundo ficou olhando para Londres…

Terence Crawford deu mais uma lição de boxe, neste sábado à noite, no Madison Square Garden Theater, em Nova York. Diante de 5.092 espectadores, que lotaram o ginásio, o campeão dos meio-médios-ligeiros da Organização Mundial de Boxe fez o que quis com o esforçado Henry Lundy e obteve a vitória por nocaute técnico no quinto assalto.

Logo após a vitória, o empresário Bob Arum, que cuida da carreira de Crawford, an unciou que pretende fazer um combate com o russo Ruslan Provodnikov. O mexicano Juan Manuel Marquez, que está muito perto da aposentadoria, também desafiou o campeão.

Uma vitória de Willian Silva, hoje, no ringue do Madison Square Garden Theater, em Nova York, deverá ser muito festejada. Será um triunfo que o boxe brasileiro não obtém desde os tempos de Acelino Popó Freitas.

Willian vai encarar Felix Verdejo, apontado como o futuro astro do boxe porto-riquenho. É o pugilista escolhido para substituir Miguel Cotto. Trata-se do dono do cinturão latino da Organização Mundial de Boxe na categoria dos leves.

Verdejo está invicto, com 19 vitórias (14 nocautes). Willian também é invicto, com 23 triunfos (14 nocautes).

Gabriel Oliveira, auxiliar técnico de Willian, nos revelou que a tática é dominar o tablado, ir para cima de Verdejo, levá-lo para as cordas e, quando necessário, buscar os contra-ataques.

Ou seja: a fama de Verdejo não impressiona o brasileiro.

O SporTV promete transmitir. Imperdível!!!!!

Boa sorte, Willian.