Deontay Wilder venceu no nono assalto Eric Molina e manteve o cinturão do Conselho Mundial de Boxe. O norte-americano ratificou sua condição de pegador, ao derrubar o adversário quatro vezes, mas também apresentou falhas que poderão ser fatais em futuros confrontos contra Wladimir Klitschko ou Anthony Joshua.

Wilder tem fama de “queixo de vidro”. Desde os tempos de amador. Diante de Molina, a defesa da “Bomba de Bronze” foi um horror. O norte-americano ficou nos calcanhares no terceiro round. Se Molina fosse mais rápido ou acreditasse mais na vitória, poderia ter causado mais problemas. Vários uppers passaram com perigo.

O caminhar de Wilder no ringue não me agrada. Não parece ter equilíbrio, qualquer golpe parece tirar sua estabilidade. Quando atacado, fica estabanado e a defesa aberta. Aposta na grande envergadura, mas não sabe usá-la.

Se lutasse hoje contra Wladimir Klitschko ou até contra Anthony Joshua, teria de acertar uma bomba de direita para sair vencedor do confronto. Aliás, ele usou pouco a direita. Quando usou foi contundente, como no golpe final. Mas fiquei com dúvida se ele melhorou 100% da fratura sofrida diante de Bermane Stiverne, em janeiro.