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Contos do Boxe Brasileiro 4: Chiquinho de Jesus, doce até no ato de golpear
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Baldini

Gostava de assistir às lutas de boxe ao lado do meu pai. E o comentário era sempre o mesmo quando o “véio” via Chiquinho de Jesus em ação. “Esse rapaz não deveria lutar boxe. Ele é doce, educado, simpático até na hora de golpear o adversário.”

Chiquinho tinha um estilo bonito de lutar, talvez tivesse merecido o apelido de “Sugar”, pois não passava violência em seus golpes, mas a falta de pegada o impediu de alcançar o título mundial.

Em 1989, chegou a desafiar o terrível Julian Jackson pelo cinturão dos médios-ligeiros da Associação Mundial de Boxe. Encarou a pedreira até o oitavo round. Foi uma das preliminares de Mike Tyson x Frank Bruno, em Las Vegas.

Chiquinho lutou 31 vezes, ganhou 26, só nove por nocaute, e perdeu cinco. Aos 59 anos, mantém o estilo educado, brincalhão e muito simpático.

Chiquinho de Jesus tem seu lugar na história do boxe brasileiro.

Veja Chiquinho em ação diante de Matthew Hilton e Julian Jackson.


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