A Comissão Atlética de Nevada anunciou a bolsa de quatro lutadores que vão se apresentar sábado, na T-Mobile Arena, em Las Vegas.

— Saúl Canelo Álvarez: US$ 3,5 milhões

— Amir Khan: US$ 2 milhões

— David Lemieux: US$ 200 mil

— Glen Tapia: US$ 150 mil

O FOX Sports transmite Canelo x Khan, sábado, a partir das 22 horas.

O canadense David Lemieux fracassou na pesagem e teve cancelada sua luta com James De La Rosa, que estava prevista para sábado passado.

Tentando diminuir o vexame, Lemieux busca uma nova oportunidade com Oscar De La Hoya, presidente da Golden Boy Promotions, e sonha com uma vaga para lutar na programação do dia 7 de maio, que terá como principal atração o duelo entre Saúl Canelo Álvarez e Amir Khan.

Lemieux lutou pela última vez em 17 de outubro, quando perdeu para Gennady Golovkin, por nocaute técnico no oitavo assalto, no Madison Square Garden, em Nova York.

David Lemieux volta a lutar em 12 de março, em Montreal, no Canadá, diante do mexicano James De La Rosa. Este vai ser o primeiro combate do canadense, após a derrota para Gennady Golovkin, em outubro.

Por pouco o adversário de Lemieux não foi o brasileiro Patrick Teixeira. As negociações chegaram a ficar adiantadas, mas o canadense resolveu “correr” e escolher De La Rosa.

Patrick vai lutar também no dia 12 de março, mas nos Estados Unidos. Ele pode fazer uma das preliminares de Keith Thurman e Shaw Porter.

David Lemieux chegou a cogitar a aposentadoria após ser derrotado por Gennady Golovkin em outubro. Mas o canadense mudou de ideia, retomou os treinos e deve voltar a lutar em março, com transmissão do canal HBO.

Curtis Stevens e Willie Monroe Jr. são os mais cotados para encarar Lemieux. Stevens, que não lutou em 2015, trabalhou como sparring de Saúl Canelo Álvarez para oo duelo com Miguel Cotto, em 21 de novembro, e tem uma derrota para GGG.

Monroe Jr. também foi derrotado por GGG, em duelo realizado em maio do ano passado. O norte-americano perdeu por nocaute técnico no sexto assalto.

Em 2013, Oscar De La Hoya não pôde acompanhar de perto a luta entre Saúl Canelo Álvarez e Floyd Mayweather, pois estava internado em uma clínica para se recuperar do uso de drogas e bebida. Dois anos depois, o Golden Boy festeja o 2015 vitorioso, no qual organizou as três lutas mais eletrizantes.

Em abril, o argentino Lucas Matthysse bateu o russo Ruslan Provodnikov no duelo mais violento e sensacional do ano. Em outubro, colocou mais de 20 mil pessoas no Madison Square Garden, em Nova York, para ver Gennady Golovkin espancar o canadense David Lemieux.

Sábado foi a vez de Las Vegas pegar fogo para o combate entre Canelo e Miguel Cotto.

E para completar, De La Hoya viu seu desafeto Floyd Mayweather ser criticado nas duas lutas que fez no ano.

Em 2016, De La Hoya promete muito mais. O boxe agradece.

Em entrevista coletiva logo após a vitória sobre David Lemieux, Gennady Golovkin fez questão de enfatizar qual é seu objetivo principal para o futuro da carreira.

“Meu sonho não é enfrentar o vencedor entre Cotto e Canelo. O que quero é unificar todos os títulos da categoria dos médios”, disse o pugilista do Casaquistão, referindo-se ao duelo que vai ocorrer em 21 de novembro.

Golovkin mostrou-se mais entusiasmado com a possibilidade de encarar o britânico Andy Lee, campeão dos médios pela Organização Mundial de Boxe, que vai defender o cinturão, em 19 de dezembro, na Inglaterra, diante de Billy Joe Saunders.

Golovkin e Lee deveriam ter lutado em 26 de abril de 2014, mas o duelo foi cancelado por causa da morte do pai de GGG em fevereiro daquele ano.

David Lemieux não concordou com o juiz Steve Willis, que paralisou o combate no oitavo assalto, proporcionando a vitória para Gennady Golovkin. “Eu queria estender a luta e estava conseguindo. Achei prematura a paralisação do combate.”

O canadense afirmou que esperava mais força nos golpes do adversário, mas admitiu a superioridade do rival. “Seu jab é muito forte, trata-se de um grande campeão. Tiro meu chapéu para ele.”

Apenas Brian Viloria era norte-americano entre os oito pugilistas que se apresentaram neste sábado à noite na programação principal no Madison Square Garden. Mas, mais uma vez, o público de Nova York mostrou sua fidelidade com a nobre arte.

O ginásio mais importante de boxe do planeta recebeu 20.548 espectadores. Lotação completa.

Mais uma demonstração de que o Madison Square Garden não pode ficar afastado do boxe, apesar dos altíssimos impostos cobrados na cidade mais importante dos Estados Unidos.

Confira o desempenho de Gennady Golovkin e David Lemieux no Madison Square Garden.

Golovkin Lemieux
total de golpes 549 335
golpes certos 280 89
porcentagem 51% 27%

total de jabs 359 191
jabs certos 170 35
porcentagem 47% 18%

golpes fortes 190 144
golpes certos 110 54
porcentagem 58% 38%

O lendário Madison Square Garden teve mais uma noite de gala. O duelo entre Gennady Golovkin e David Lemieux entrou para a história do boxe. Os dois pugilistas mostraram o porquê de o boxe ser chamado de nobre arte.

GGG e Lemieux demostraram que não são apenas nocauteadores. Eles são dois atletas tremendamente preparados tanto física quanto tecnicamente.

Ao contrário do que muita gente esperava, inclusive este blogueiro, GGG e Lemieux não partiram para a troca franca de golpes. Colocaram em prática o complexo estudo que fizeram no ginásio durante os treinamentos.

GGG segurou sua direita – maior fragilidade -, respeitando ao máximo a esquerda poderosa de Lemieux. Já o canadense se movimentou como nunca para não ser esprimido nas cordas.

O duelo, dominado sempre pela maior categoria de GGG, só foi perder seu equilíbrio no quinto assalto, quando a perfurante esquerda do pugilista do Casaquistão furou a guarda do canandense.

A partir daí, Golovkin ficou com o domínio da luta, apesar do esforço extraodinário de Lemieux, que jamais se entregou apesar do sangue jorrar por seu nariz.

O boxe tem um novo rei. Trata-se de Gennady Gennadyevich Golovkin ou simplesmente GGG. Esqueçam Floyd Mayweather,