As mais de 16 mil pessoas que estiveram no MGM Hotel para ver Floyd Mayweather x Manny Pacquiao podem ser ricas, bem-sucedidas, famosas, mas não entendem nada de boxe. O clima no ginasio não foi o esperado para uma luta tão importante. Parecia torcida de Copa do Mundo, que também nunca vai ver um jogo de futebol na vida.

Disse desde o início que esta luta deveria ser em um estádio. No Madison Square Garden, em Nova York, já estava muito bom. A participação dos fãs seria outra. Imagino em Wembley, com 80 mil ingleses cheios de cerveja, berrando o tempo inteiro. Isso sim é boxe.

Mayweather ganhou dinheiro, Pacquiao ganhou dinheiro, Showtime, HBO, Bob Arum, MGM Hotel, todo mundo da organização ganhou dinheiro. Mas os verdadeiros fãs do boxe ficaram de fora.

Os cinco anos de espera para a luta contra Floyd Mayweather pesaram muito para Manny Pacquiao. Perto do ringue foi visível que o filipino não conseguiu manter o ritimo depois do quarto assalto. Errou muitos golpes, falhou na noção de distância, não teve pegada e nem sequência para derrubar Mayweather quando sua esquerda chegou a atingir o americano.

Pacquiao quis encurralar Mayweather nas cordas,mas lá é o melhor lugar para a defesa de Mayweather. Pacquiao derrubou a maioria de seus adversários no meio do ringue, mas desta vez faltou velocidade. Fruto de uma carreira duríssima.

É inegável a técnica de Floyd Mayweather. Ele sabe aplicar todos os golpes, caminha com leveza no ringue e possui uma defesa intransponível. Mas suas vitórias são muito chatas. Fazem mal para o boxe. Ele me lembra boxeadores olímpicos, que batem para marcar pontos e saem do alcance do adversário. No profissional, isso não é legal.

Diante de Manny Pacquiao, por várias vezes teve a chance de atacar, mas preferiu se preservar. Ora. Não querer se machucar no boxe é um pouco demais. Vai ser modelo, aliás é o que parece que ele vai ser depois de se aposentar em setembro.

Estou decepcionado com a luta entre Floyd Mayweather e Manny Pacquiao. Floyd jogou o tempo todo no contra-ataque e, nem quando teve chance de atacar, buscou o nocaute. Pacquiao cansou depois do quarto assalto. Perdeu a noção de distância e não achou o americano boa parte do tempo. Quando achou, não teve capacidade técnica para encontrar uma forma de furar a guarda.

MayPac entra para a história como a luta mais cara da história do boxe. A mais falada pela mídia. A mais vista, talvez, no mundo. Com o maior número de bilionários no mesmo recinto, mas não é a luta do século. Muitas outras foram melhores e muitas outras vão ser.

Oscar De La Hoya nem está em Las Vegas, mas está antenado. O Golden Boy já convidou as duas jornalistas que ficaram sem credencial para MayPac para que vão ao combate do dia 9 de maio, em Houston, entre Saul Canelo Alvarez e James Kirkland.

As jornalistas acusam Mayweather de impedir que elas trabalhassem em MayPac por fazerem matérias sobre o envolvimento do boxeador em violência doméstica. Ele até já cumpriu pena.

Mayweather e De La Hoya nunca se deram bem e sempre estão a se alfinetar.

Mayweather x Pacquiao lutam neste sábado, às 21h locais (1 da madrugada do Brasil) e terá transmissão do Canal Combate.

Freddie Roach não se cansa de cutucar Floyd Mayweather. A pouco mais de quatro horas da luta, o treinador de Manny Pacquiao disse que as luvas do americano, da marca Grant, são pequenas demais. “Ele não vai conseguir socar forte. Vai cair mais cedo que eu pensava.”

As luvas de Mayweather foram feitas especialmente para a luta. Pacquiao luta com Reyes de fábrica.

Mayweather x Pacquiao é neste sábado, às 21h locais (1 da madrugada de domingo no Brasil) e terá transmissão do Canal Combate.

Ninguém sabe quem foi. Mas ao final da luta entre Brad Solomon e Adrian Granados, primeira luta do dia no MGM Hotel, o som do anúncio do resultado foi substituído na sala de imprensa por uma gravação do apresentador Michael Buffer em uma vitória antiga de Manny Pacquiao.

A brincadeira foi engraçada apenas para os fãs do filipino. O pessoal do Mayweather não gostou.

Mayweather x Pacquiao é neste sábado, às 21 h locais (1 da madrugada do domingo no Brasil), com transmissão do Canal Combate.

Manny Pacquiao ganhou uma motivação a mais para a luta contra Floyd Mayweather. Se é que ele precisava de mais motivação com uma bolsa de cerca de US$ 180 milhões. O presidente filipino Benigno Aquino III mandou uma mensagem para o maior ídolo do país, poucas horas antes do duelo.

“Estou muito confiante de que Manny Pacquiao vai fazer nossos compatriotas orgulhosos como ele sempre fez”, disse Aquino em um comunicado. “Em cada soco e cada passo durante sua luta com Floyd Mayweather, todos os filipinos vão estar torcendo para Manny”, disse o presidente, que também expressou sua gratidão ao boxeador “por ser uma inspiração para todos os filipinos”.

Mayweather x Pacquiao é neste sábado à noite, 21h locais (1 da madrugada no Brasil), com transmissão ao vivo do Canal Combate.

Rachel Nichols, da CNN, e Michelle Beadle, da ESPN/HBO, acusam Floyd Mayweather de impedir que elas fossem credenciadas para a luta deste sábado, no ringue do MGM Hotel, em Las Vegas. As duas jornalistas fizeram várias matérias sobre os casos de violência doméstica do boxeador, que chegou a ser preso. A equipe de Mayweather nega a acusação.

Perto das 6h da manhã de domingo, a informação que chega a Las Vegas é de que as Filipinas amanhecem sob total pressão. Rádios são ouvidos por toda a capital Manila com comentários sobre a luta. Aliás, o rádio vai ser o meio de comunicação mais usado no país, pois em muitas ilhas não se tem televisão.

Nas ruas de Manila e nas cidades maiores foram instaladas TVs para o público se reunir nas praças principais. O esquema é de final de Copa do Mundo. Milhares de pessoas já estão nas ruas. A principal TV do país pagou US$ 10 milhões pelos direitos de transmissão da luta e espera que 90 milhões assistam ao combate ao vivo (população filipina é de 98 milhões).

O exército filipino, do qual Pacquiao é reservista com a patente de tenente-coronel, pretende reunir 3 mil soldados em um ginásio.

Mayweather x Pacquiao é neste sábado às 21h locais (1 da madrugada de domingo no Brasil), com transmissão do Canal Combate.