O boxeador Lino Barros, aos 39 anos, revelou a este blog, nesta sexta-feira à tarde, que vai se aposentar após a luta de 4 de junho, contra Raphael Zumbano, em Osasco.

Bem mais magro (com cerca de 98 quilos), o pugilista disse que vai seguir com seu projeto social, quando pendurar as luvas.

Natural de Bonito, Mato Grosso do Sul, Lino disputou os Jogos Olímpicos de Sydney e como profissional disputou 41 lutas, com 38 vitórias (31 por nocaute) e três derrotas.

Nos últimos tempos, por causa da falta de apoio e divulgação, os melhores pugilistas nacionais têm feito suas lutas no exterior. Pois dia 23 de abril, o boxe brasileiro terá motivos para festejar.

Os pesos pesados Raphael Zumbano e Lino Barros vão se enfrentar. O local ainda não está definido, mas deverá ser em Osasco, com uma programação recheada de bons valores da nobre arte nacional.

É esperado um grande público, pois os dois boxeadores são muito populares e com grande torcida.

Puxando rapidamente na memória, me vem o duelo entre os médios Peter Venâncio e Marinho Soares, de 2005, no Hotel Unique. A luta chamou muita a atenção e Peter venceu por nocaute técnico no nono assalto.

Zumbano x Lino começou a ser traçado em agosto, durante a luta que marcou o retorno de Acelino Popó Freitas.

Lembro de várias conversas entre meu pai, meu avô materno e um tio sobre as lutas que ocorriam todas as semanas no Ginásio do Pacaembu ou no Ibirapuera. Miguel de Oliveira, Servilio de Oliveira, João Henrique, Luiz Fabre e, claro, Eder Jofre, eram nomes tão comentados em casa quanto de Rivellino, Ademir da Guia, Pedro Rocha ou, claro, Pelé.

O público lotava os ginásios por causa dos grandes espetáculos e da rivalidade entre os pugilistas. Com o tempo, a falta de dinheiro obrigou os nossos lutadores a se apresentarem no exterior e o boxe brasileiro saiu do interesse das pessoas.

Fiquei muito feliz na semana passada quando soube que tudo está praticamente certo para que aconteça em abril o duelo entre os pesos pesados Raphael Zumbano e Lino Barros. Que beleza! O boxe brasileiro precisa de lutas deste tipo.

Tomara que seja no Pacaembu, com transmissão da TV, cobertura dos grandes meios de comunicação e que os dois façam uma luta digna da história da nobre arte nacional.

Espero que os empresários não percam a possibilidade de programar ótimas preliminares.

Viva o boxe brasileiro.

Quem for à Arena Santos, sábado à noite, vai ver boas lutas de boxe a partir das 19h30 e terá como atração principal o retorno de Acelino Popó Freitas, diante do argentino Mateo Veron, previsto para as 23h30, com transmissão ao vivo do SporTV.

A programação vai começar com Igor Freitas, um dos filhos de Popó, que vai enfrentar Vagner Gabriel, em um duelo de três rounds. Na sequência, Paulo Soares encara Gustavo Bezerra, em um combate que promete ser bastante disputado nos quatro rounds previstos.

O terceiro combate vai colocar em ação Felipe Moledas e Edilson Pânico, em mais quatro rounds. Logo em seguida, será a vez do experiente Lino Barros se apresentar frente a Rodrigo Nocaute.

Gilberto Yorubá e David El Loco trocam socos antes de Isaac Rodrigues e Claudio Porto. Os dois combates têm duração de oito assaltos.

Às 22h35 será o momento de um duelo bastante esperado: Sydney Siqueira coloca o cinturão brasileiro dos leves em jogo diante de Vitor Freitas, sobrinho de Popó. Os dois lutaram em 6 de junho e Vitor ficou com a vitória por pontos, após seis assaltos, em uma luta sensacional.

A noitada termina com Popó e Veron. Imperdíve!!!

Confira toda a programação:

1. 19h30 – Igor Freitas x Vagner Gabriel – 90 kg – 3 rounds

2. 19h50 – Paulo Soares x Gustavo Bezerra – 61 kg – 4 rounds

3. 20h15 – Felipe Moledas x Edilson Pânico – 60 kg – 4 rounds

4. 20h40 – Lino Barros x Rodrigo Nocaute – 90 kg – 6 rounds

5. 21h15 – Gilberto Yorubá x Davi El Loco – 70 kg – 8 rounds

6. 21h55 – Isaac Rodrigues x Cláudio Porto – 77 kg – 8 rounds

7. 22h35 – Vitor Freitas x Sydney Siqueira – título brasileiro 61 kg – 10 rounds

8. 23h30 – Acelino Popó Freitas x Mateo “El Chino” Veron (Argentina) – 69,7 kg – 10 rounds