Blog do Baldini

Arquivo : Muhammad Ali

Há 55 anos, Cassius Clay ganhava US$ 2 mil na 1.ª luta como profissional
Comentários Comente

Baldini

Menos de dois meses apos ser campeão olímpico dos meio-pesados, Cassius Clay dava início à sua carreira como profissional. Diante de 6.180 espectadores, no Freedom Hall State Fairground, em Louisville, Kentucky, sua cidade natal, Clay (que mudaria para Muhammad Ali em 1964), aos 18 anos, deu uma aula de boxe em Tunney Hunsaker. Sua bolsa foi de US$ 2 mil, enquanto o adversário ficou com US$ 300.

Foram seis roundes em que Clay bailou como um peso médio e teve precisão cirúrgica nos golpes para deixar Hunsaker com um insistente sangramento no nariz. Aos final dos seis rounds previstos, a nova sensação do boxe mundial vencia com grande facilidade e dava início a uma das carreiras mais espetaculares da história da nobre arte.

Veja um pouco de Clay x Hunsaker;


Ali x Holmes completa 35 anos. A luta que jamais deveria ter acontecido
Comentários Comente

Baldini

Muitas coisas erradas foram feitas na história do boxe. E a luta entre Muhammad Ali e Larry Holmes, há exatos 35 anos, é um exemplo disso. Com a ganância de se tornar campeão dos pesos pesados pela quarta vez. Ali voltou a calçar as luvas. Mas não era o mesmo de antes.

Resultados dos exames neurológicos realizados na Clínica Mayo antes do combate jamais foram divulgados. O que se sabe é que Ali não conseguia colocar a ponta do dedo indicador no nariz.

Mas o duelo chamava muito a atenção. O Caesars Palace Hotel construiu para a luta uma arena ao ar livre para mais de 27 mil pessoas. Todos os ingressos foram vendidos e mais de US$ 6 milhões arrecadados nas bilheterias.

Ali ficou com US$ 8 milhões de bolsa, enquanto o campeão Holmes embolsou US$ 2,3 milhões.

Holmes tinha 30 anos e fazia sua oitava defesa de título. Era um grande boxeador. Foi um “assassinato”. Ali foi totalmente dominado, não tinha condições de lutar, perdeu todos os rounds e só não foi nocauteado por causa da admiração de Holmes, que chorou no vestiário ao falar do ídolo.

Muitos jornalistas criticaram Holmes pela vitória e não o reconheceram como um grande campeão. As desculpas só vieram duas décadas depois.

No momento em que a luta foi encerrada, os juízes apontavam 100 a 90 (dois deles) e outro 100 a 89 para o campeão.

O técnico Angelo Dundee pediu ao juiz para encerrar a luta no intervalo do 10º para o 11º round.

Ali ainda lutaria mais uma vez em 1981, frente a Trevor Berbick, já com os sinais do Parkinson.

Holmes foi campeão até 1985 e só não igualou o recorde de 49 vitórias seguidas de Rocky Marciano, pois foi “roubado” na luta contra Michael Spinks.

Veja Ali x Holmes.


Muhammad Ali é condecorado por trabalhos humanitários em sua cidade natal
Comentários Comente

Baldini

Muhammad Ali foi condecorado em Louisville, sua cidade natal, por trabalhos humanitários feitos pelo Muhammad Ali Center. Sob os gritos de “Ali, Ali, Ali”, James Ramsey, presidente da Universidade de Louisville. colocou a medalha do Grawemeyer Spirit Award.

Aos 73 anos, Ali está muito debilitado por causa do Mal de Parkinson, doença diagnosticada em 1984. Aparições públicas de Ali têm sido cada vez mais raras.

“Ao recebermos este prêmio, somos lembrados de que a vida de Muhammad continua a inspirar gerações de pessoas para descobrir e cultivar seu próprio caminho para a grandeza e para usar seus talentos e sucessos para capacitar outras pessoas nas comunidades em todo o mundo”, disse sua esposa Lonnie.


Há 42 anos, Muhammad Ali venceu a revanche diante de Ken Norton
Comentários Comente

Baldini

Em 1973, Muhammad Ali e Ken Norton lutaram duas vezes. Na primeira, em março, vitória por pontos de Norton. Ali lutou boa parte do combate com o queixo quebrado. Em 10 de setembro, novo duelo. Desta vez, o triunfo, de novo por pontos, foi de Ali. Dois jurados deram vantagem para Ali: 7 a 5 e 6 a 5. O terceiro viu Norton vencedor por 6 a 5.

Em 1976, eles voltariam a se enfrentar, desta vez com o título mundial em jogo. Após 15 rounds, nova vitória de Ali. Norton reclamou demais.

Veja Ali x Norton II.


Cassius Clay era campeão olímpico, em Roma, há 55 anos
Comentários Comente

Baldini

Há 55 anos, Cassius Clay ganhava a medalha de ouro olímpica, nos Jogos Olímpicos de Roma, na categoria dos meio-pesados. Em sua campanha vitoriosa, Clay bateu o belga Yvon Becot (segundo round), o soviético Gennady Shatkov (decisão unânime), o australiano Anthony Madigan (decisão unânime) e o polonês Zbigniew Pietrzykowski.

Confira algumas lutas de Cassius Clay na olimpíada. Em 1964, Clay se tornaria islâmico e adotaria o nome de Muhammad Ali.


Mayweather x Ronda seria tão ridículo quanto foi Ali x Inoki nos anos 70
Comentários Comente

Baldini

Em 26 de junho de 1976, Muhammad Ali, então campeão mundial dos pesos pesados, enfrentou o japonês Antonio Inoki, astro do Vale-Tudo, o MMA da época. Depois de muita negociação, Ali aceitou a proposta de US$ 6 milhões.

O duelo mostrou Inoki no chão, tentando acertar chutes nas coxas de Ali, enquanto o boxeador tentava de esquivar e acertar socos no adversário.

O empate depois de 15 rounds frustrou os 32.857 espectadores e os 1,4 bilhão de telespectadores que viram nos 34 países (incluindo o Brasil) que compraram os direitos do combate. Todos os envolvidos têm vergonha de lembrar da disputa, que nada acrescentou a ninguém.

Ali x Inoki é um exemplo a não ser seguido. Agora, falam em uma luta entre Floyd Mayweather e Ronda Rousey, a rainha do UFC? Meu Deus!!! Meu colega Mauricio Dehò já deu todas as explicações na matéria publicada neste sábado no UOL (Ronda x Mayweather nunca vai acontecer. Vamos mudar de assunto?).

Diria apenas que Ronda x Mayweather seria ainda mais sentido do que foi Ali x Inoki. Iria provar o quê? Estamos perdendo a noção do que é esporte, do que é competição.

Veja Ali x Inoki.


Acelino Popó Freitas tenta repetir o que fizeram Ali, Eder, Sugar e Foreman
Comentários Comente

Baldini

Popó retorna aos ringues sábado, na Arena Santos, diante do argentino Mateo Veron e almeja conquistar o quinto título mundial. O ex-campeão não luta desde 2012, quando venceu Michael Oliveira e vinha de uma primeira paralisação na carreira de cinco anos.

Muitos boxeadores pararam, voltaram e tiveram sucesso. Muhammad Ali foi um deles. O “maior de todos” teve de parar de lutar em 1967, aos 25 anos, por se recusar a integrar o exército americano na Guerra do Vietnã. Era o dono do cinturão dos pesos pesados e estava invicto com 29 vitórias. Voltou em 1970 para reconquistar o cinturão em 1974 e em 1978. Lutou até 1981.

Eder Jofre, o “Galo de Ouro”, o maior boxeador brasileiro de todos os tempos, também teve uma pausa na carreira. Eder pendurar as luvas em 1966, após perder pela segunda vez oara o japonês Fighting Harada. Desiludido, com problemas para dar o peso da categoria e com probleemas pessoais, ficou três anos parado. Voltou em 1969, ganhou o título dos penas em 1973 e lutou até 1976.

Um problema na vista fez Sugar Ray Leonard parar em 1984. Retornou em 1987 para ser campeão mundial dos médios, diante de Marvin Hagler. Lutou até 1991 e depois tentou novo retorno em 1997, mas fracassou.

George Foreman talvez tenha tido a missão mais complicada. Depois de ser campeão mundial dos pesados ao vencer Joe Frazier e perdeu o cinturão para Muhammad Ali, Big George abandonou os ringues em 1977, aos 28 anos. Voltou dez anos depois e foi ser campeão novamente aos 45 anos, em 1994. Lutou até 1997.

A torcida é para que Popó tenha a mesma sorte.


Muhammad Ali está internado em hospital do Arizona
Comentários Comente

Baldini

Muhammad Ali está internado em um hospital do Arizona. Segundo familiares, o ex-campeão mundial dos pesos pesados não se sentiu bem nesta quarta-feira pela manhã e “parecia exausto”. Ele teria dormido na terça-feira bem cedo e não respondia aos chamados para tomar o café.

Segundo o site sportsviewlondon, Ali está sendo submetido a exames e um boletim é prometido pelo hospital para o fim do dia.

Muhammad Ali esteve internado no início do ano com infecção urinária. Ele sofre com o Mal de Parkinson desde 1981.


Blog vai ter “Fotos históricas” e “Contos do Boxe Brasileiro”. Aguardem!!!
Comentários Comente

Baldini

A partir de hoje, este blog vai dar destaque a duas partes importantes do boxe. Por intermédio de fotos, vamos lembrar grandes momentos da nobre arte e também vamos reviver grandes histórias da nobre arte nacional. Fiquem de olho!!!! Espero que todos gostem.

Para começar, um encontro de “deuses”:  Muhammad Ali, Sugar Ray Robinson e Joe Louis

deusesdoboxe


Muhammad Ali x Sonny Liston 2: 50 anos do “golpe fantasma”
Comentários Comente

Baldini

ali

Um dos resultados mais controversos da história do boxe completa 50 anos. Em 25 de maio de 1965, no St. Dominic’s Hall, Lewiston, Maine, Estados Unidos, Muhammad Ali venceu Sonny Liston e manteve o cinturão mundial dos pesos pesados. Mas o nocaute obtido aos 2min12 do primeiro round é discutido até hoje. A direita de Ali que explodiu no rosto de Liston foi muito rápida e muitos dos 2.434 espectadores não viram. Nasceu o “golpe fantasma”.

A luta foi uma revanche, afinal Ali, ainda como Cassius Clay, vencera Liston no ano anterior, em Miami, com um nocaute técnico no sexto round. O segundo duelo foi disputado sob tensão, pois três meses antes Malcolm X havia sido assassinado. Integrantes do grupo Nação do Islã, do qual Ali fazia parte, haviam sido presos, suspeitos de terem sido os autores do crime.

Ali teve a companhia durante os treinamentos de 12 seguranças destacados pelo FBI, enquanto a equipe de Liston revelou ter sofrido uma ameaça de morte. Todo esse clima fez com que a luta perdesse interesse do público e muitos ingressos chegaram a ser dados nas ruas de Lewiston. Mesmo assim, Elizabeth Taylor e Frank Sinatra estavam entre as personalidades presentes ao evento.

Antes da luta, Ali chegou a dizer ao repórter Mort Sharnik, da revista Sports Illustrated, enquanto se dirigia para o ginásio. “Vai ser uma luta curta. Só vou recuar e Liston vai me perseguir. De repente, vou soltar um contragolpe e BAM! A luta vai acabar.”

E foi isso mesmo que ocorreu. Segundo as pessoas presentes ao ginásio, apenas as que estavam localizadas atrás de Ali conseguiram ver o impacto do golpe. Como a TV não tinha recursos de videoteipe, o público só pôde ver e comentar dias depois nos programas esportivos.

“Eu vi o golpe na hora da luta, mas só pude ter ideia do quanto ele foi devastador com a ajuda da tecnologia”, disse Larry Merchant, lendário jornalista, comentarista por décadas do canal HBO.

O juiz da luta também colaborou para aumentar a polêmica. Jersey Joe Walcott, ex-campeão mundial dos pesados, foi colocado como juiz, mas não tinha a menor ideia de como se comportar. Na hora da queda de Liston. Walcott, diante de um endiabrado Ali, que não parava de pular, se atrapalhou com a contagem. Foi falar com o cronometrista e deixou os dois boxeadores trocarem socos sem sua presença.

Liston caiu a 1min44 e se levantou apenas com 1min56, mas o tempo final da luta foi 2min12. Um horror!!!

A maioria do público gritava “falso, falso, falso”.

Liston foi acusado de entregar a luta, mas jamais admitiu a fraude. “Ele me acertou muito forte e eu não tinha ideia da contagem”, disse o ex-campeão, que morreu em 1970 de forma obscura, aos 40 anos. Ele foi encontrado morto pela esposa Geraldine em casa no dia 5 de janeiro de 1971 e o diagnóstico foi overdose de heroína. Para muitos, Liston teria sido morto pela máfia.

O certo é que 50 anos depois Ali x Liston 2 continua a ser lembrado pelos fãs do boxe. Um deles pagou no ano passado US$ 1 milhão pelos dois pares de luvas usados naquela noite em Lewiston.

A foto tirada pelo fotógrafo Neil Leifer, de Sports Illustrated, tornou-se uma das mais famosas de todos os tempos. Ali em cima de Liston gritando: “Levante-se e lute, seu vagabundo! Você não é tão malvado?” Virou sinônimo de superioridade.