Antes do início do Mundial de Doha, a Associação Mundial de Boxe Amador (AIBA) apresentou uma lista com boxeadores que já tinham vaga garantida para a Olimpíada do Rio. Na categoria dos leves (até 60 quilos), quatro atletas já tinham passaporte carimbado. Entre eles o cubano Lazaro Toledo e Albert Selimov, do Azerbaijão.

Depois das semifinais em Doha ficou decidido que Lazaro e Selimov, que bateu o brasileiro Robson Conceição, vão disputar a medalha de ouro. Parecia claro que os três lutadores seguintes na classificação ficariam com as vagas olímpicas.

Mas não. A AIBA informa que Lazaro e Selimov vão ficar com as vagas e apenas mais um será classificado. Ele sairá do duelo entre Robson Conceição e Elnur Abduraimov, do Usbequistão, que abrem a programação de quinta-feira, em Doha.

As outras duas vagas, segundo a AIBA, serão distribuídas nos demais pré-olímpicos.

Não dá para entender. Mas nunca foi possível entender as atitudes da AIBA. Uma pena.

O bronze de Robson Conceição foi a única medalha conquistada pelo boxe brasileiro no Mundial de Doha, no Catar. A “nobre arte” nacional demonstra claramente que sente muita a ausência de Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Everton Lopes, que migraram para o profissionalismo.

Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e agora no Mundial, o time brasileiro não demonstra a força que teve em Londres-2012. Lógico que não é facil substituir três talentos de um ano para o outro.

Torço muito para estar errado, mas não consigo ver o boxe nacional em condições de brigar pela primeiras colocações, justamente quando teremos os Jogos Olímpicos em casa. E olha que o dinheiro investido nesta modalidade foi e está sendo mjuito bom.

O time de Cuba chegou a Doha para a disputa do Mundial com dez boxeadores. Nove se classificaram para as oitavas de final e sete chegaram às semifinais. Mas bem que poderiam ser oito. A derrota do meio-médio-ligeiro Roniel Iglesias para Parviz Baghirov, do Azerbaijão, foi um “roubo”.

Campeão olímpico em Londres-2012, Iglesias é um dos pugilistas mais talentosos da atualidade. Baghirov é esforçado, valente, mas não é páreo para o cubano, que não foi bem no primeiro assalto, mas dominou amplamente os dois rounds restantes. Por várias vezes, Iglesias aplicou ótimas sequências no rival, que apenas se defendeu.

Mas a surpresa veio na decisão dos jurados. Dois deram empate em 28 pontos. Para definir o vencedor, os jurados escolheram aquele que teve melhor desempenho. Um deles deu vitória para o lutador do Azerbaijão. Outro jurado fez pior e apontou 29 a 28 para Baghirov.

Vamos ver o que está reservado para as semifinais, que serão disputadas neste domingo e segunda-feira.

O Bandsports transmite ao vivo a partir das 13h.

O Brasil só tem uma chance de medalha no Mundial de Boxe Amador, em Doha, no Catar. É com o peso leve (até 60 quilos) Robson Conceição, que entra no ringue nesta tarde de sábado para enfrentar o britânico Joseph Cordina. Um triunfo garante o pugilista nacional na semifinal e também uma medalha.

Nesta sexta-feira, Robson estreou na competição e venceu o russo Adlan Abdurashidov, em decisão unânime dos jurados: 29 a 28 (duas vezes) e 30 a 27.

Já Rafael Lima não passou pelo gigante Ivan Dychko, do Casaquistão, que dominou amplamente o duelo: 30 a 27, 30 a 26 e 30 a 25.

O destaque da competição é o time cubano, que classificou nove de seus dez atletas para as quartas de final. O Azerbaijão segue no campeonato com sete representantes.

O canal Badsports transmite todas as lutas das quartas de final neste sábado a partir das 9 horas.

Joselito Velázquez, Lindolfo Delgado, Marvin Cabrera, Misael Rodríguez e Édgar Ramírez trocaram as luvas por cartazes com seus nomes e foram às ruas da Cidade do México em busca de dinheiro para pagar os gastos da viagem para a disputa do Mundial amador, que será disputado em Doha, no mesmo que vem.

Os juízes entraram em ônibus, pediram ajuda nos semáforos e também nas principais praças da capital mexicana.

A Federação Mexicana de Boxe, cujo presidente é Ricardo Contreras, está sob investigação. Irregularidades foram encontradas na administração da entidade e por isso a Comissão Nacional de Cultura Física e Esportes do México deixou de dar recursos para a entidade.

“Esperamos que tudo se esclareça a tempo de disputarmos o Mundial com tranquilidade”, disse Joselito Velázquez, bicampeão pan-americano.

Com Ricardo Contreras no comando da Federação, o México só conquistou uma medalha olímpica nas últimas seis edições dos Jogos.

O Mundial de Doha é classificatório para os Jogos Olímpicos do Rio no ano que vem.