A revista Sports Illustrated chegou a dizer que Ronda Rousey era o melhor praticante de lutas da atualidade. Esqueceu de lendas como Teddy Riner (judô), Mijaín López (luta olímpica) e tantos outros que são especializados em suas modalidades.

E o que se viu na derrota de ontem, em Melbourne, na Austrália, para Holly Holm foi que o maior nome do UFC da atualidade não passa de uma amadora quando se fala de boxe. Ela chegou a falar em ser campeã do boxe, mas a nobre arte não precisa dela. E mostrou isso ontem.

Holm deu uma aula de luta em Ronda. Chegou até a ir por chão e saiu com facilidade. Sua esquiva fez a “queridinha de Dana White” beijar as grades do octógono. E ainda apresentou o direto de esquerda, que por várias vezes foi de encontro ao bonito rosto de Ronda.

Para terminar, um chute básico na cabeça, mostrando que Holm é mais versátil do que Ronda no mundo do MMA. Onde todo mundo luta tudo e não sabe nada.

Antes da luta, Ronda não tocou as luvas com Holm, mas, como disse um amigo, tocou o solo.

Mais uma vitória do boxe. Viva a nobre arte!

Oscar De La Hoya revelou que já iniciou negociações com Ronda Rousey. “Se ela quiser migrar para o boxe, a Golden Boy Promotions está e portas abertas para ela”, disse o empresário e ex-campeão mundial.

De La Hoya afirmou que foi muito grande a repercussão da revista The Ring com Ronda na capa. “Temos um projeto muito grande para o boxe feminino e a contratação de Ronda seria uma propaganda muito grande.”

O dono da Golden Boy Promotions elogiou a forma de Ronda lutar e está otimista com o futuro dela na nobre arte. “Ela tem poder, força e instinto. Ela se atreve a ser grande, corre riscos e isso é o que a torna uma atração. Ela é muito boa na luta de chão e sei, porque já vi, que tem condições de lutar bem em pé. Só precisamos da primeira luta.”

A talentosa Ronda Rousey virou capa da lendária revista The Ring e avisou que tem a intenção de lutar boxe. Mas o boxe não precisa de Ronda Rousey. Ela é que precisa do boxe.

Será que o mundo do MMA ficou pequeno para Ronda?

Os desafios acabaram?

Faltam adversários?

O dinheiro é muito maior no boxe?

Talvez Ronda queira ser a melhor lutadora em alguma modalidade, pois não conseguiu ser a melhor judoca. Aliás, seu técnico no time dos Estados Unidos de judô, Jimmy Pedro, afirmou exatamente isso. Ele não gostou que sua pupila tenha deixado o judô para ir para o MMA, antes de ganhar uma medalha de ouro olímpica ou mundial.

O boxe sempre aceitou todos que gostam dele. Ronda quer vir? Será bem vinda. Mas seu rostinho não será o mesmo.

A norte-americana Ronda Rousey, estrela do UFC, é uma das convidadas para estar no Madison Square Garden, sábado, e acompanhar de perto o esperado duelo entre Gennady Golovkin e David Lemieux.

Ronda fez questão de pousar para fotos com a camiseta do pugilista do Casaquistão.

GGG x Lemieux terá transmissão ao vivo pelo canal FOX Sports, sábado, a partir das 22 horas.

A norte-americana Ronda Rousey ganhou as manchetes por seu talento, beleza e marketing. Ela gosta de trocar farpas com Floyd Mayweather e, desta forma, ganhar espaço ainda maior na mídia. Não se pode negar sua técnica, que vem aniquilando as apenas “brigadoras” do UFC. Mas lutadora de verdade é a irlandesa Katie Taylor, supercampeã do boxe.

Aos 29 anos, Taylor é o maior ídolo da Irlanda. Carregou a bandeira do país na abertura dos Jogos de Londres, competição na qual ficou com a medalha de ouro de forma incontestável.

Ano passado, ganhou pela quinta vez consecutiva o título mundial de boxe amador.

Mas não é de falar e não gosta dos holofotes. Uma pena!

Ao invés de querer lutar com Mayweather, Ronda deveria encarar Taylor. Mas a norte-americana não teria a menor chance. Pois, como dizem no MMA, a irlandesa é imbatível na “trocação”.

Entre tantos títulos, Taylor soma:

6 campeonatos europeus
5 títulos mundiais
5 campeonatos da união europeia
1 medalha de ouro olímpica

Confira o perfil da pugilista irlandesa:

Veja Katie Taylor em ação:

Veja a torcida irlandesa na torcida durante a final olímpica em 9 de agosto de 2012:

Em 26 de junho de 1976, Muhammad Ali, então campeão mundial dos pesos pesados, enfrentou o japonês Antonio Inoki, astro do Vale-Tudo, o MMA da época. Depois de muita negociação, Ali aceitou a proposta de US$ 6 milhões.

O duelo mostrou Inoki no chão, tentando acertar chutes nas coxas de Ali, enquanto o boxeador tentava de esquivar e acertar socos no adversário.

O empate depois de 15 rounds frustrou os 32.857 espectadores e os 1,4 bilhão de telespectadores que viram nos 34 países (incluindo o Brasil) que compraram os direitos do combate. Todos os envolvidos têm vergonha de lembrar da disputa, que nada acrescentou a ninguém.

Ali x Inoki é um exemplo a não ser seguido. Agora, falam em uma luta entre Floyd Mayweather e Ronda Rousey, a rainha do UFC? Meu Deus!!! Meu colega Mauricio Dehò já deu todas as explicações na matéria publicada neste sábado no UOL (Ronda x Mayweather nunca vai acontecer. Vamos mudar de assunto?).

Diria apenas que Ronda x Mayweather seria ainda mais sentido do que foi Ali x Inoki. Iria provar o quê? Estamos perdendo a noção do que é esporte, do que é competição.

Veja Ali x Inoki.