Robson lutou com a técnica de Eder Jofre.

Com a pegada de Acelino Popó Freitas.

Com a tranquilidade de Miguel de Oliveira.

Com a desenvoltura de Valdemir Sertão Pereira.

Com a determinação de Servílio de Oliveira.

Com a garra de Pedro Galasso.

Com a vontade de Adilson Maguila Rodrigues.

A medalha de ouro de Robson Conceição vai para todos os personagens da rica história do boxe brasileiro.

Dia 16 de agosto de 2016: um dia inesquecível para os amantes brasileiros da nobre arte.

Obrigado, Robson!

Oumiha aguarda para atacar o adversário no momento em que o rival solta o golpe, com a intenção de pegar a guarda aberta.

O francês é rápido, se movimenta bem para ambos os lados e tem as mãos rápidas. Usa muito o jab e não economiza os diretos de direita. Ao mesmo tempo, quase não incomoda a linha de cintura e não tem boa esquiva de cabeça.

Robson tem boas chances de conquistar o ouro inédito para o boxe brasileiro.

A finlandesa obteve 39 a 37 para dois jurados, enquanto o terceiro anotou empate em 38 pontos.

Taylor veio para o Rio com duas derrotas. Uma no Mundial e outra no pré-olímpico.

Ano passado, em Doha, no Catar, Oumahi caiu nas quartas de final para Albert Selimov, do Azerbaijão, em decisão unânime dos jurados.

Veja o francês em ação na vitória sobre o búlgaro Elian Dimitrov na primeira rodada.

Robson teve ímpeto e não se intimidou para buscar o triunfo no último round, quando um jurado estava a seu favor e dois davam empate.

A troca de golpes nos segundos finais foi eletrizante.

Robson mostrou que está preparado para ser campeão olímpico na terça-feira, às 19h15.

Veja como foi o duelo.

Sua próxima luta será contra Lazaro Alvarez, adversário que conhece muito bem e já obteve vitórias e também já foi derrotado.

Se Robson esquecer a torcida e lutar com intensidade os três rounds, terá todas as chances de passar pelo cubano e chegar à disputa do ouro.

Contra Tojibaev, o brasileiro se perdeu em alguns momentos quando se entusiasmou com o incentivo que vinha das arquibancadas do Rio-Centro.

O pesado Juan Nogueira também venceu. O paulista passou pelo australiano Jason Eric Whateley, após três roundes.

A decepção ficou por conta do mosca-ligeiro Patrick Lourenço, superado pelo colombiano Yurberjen Herney Martinez. O brasileiro não conseguiu lutar diante do ritmo forte do adversário.

Outro ponto de destaque foi a presença e o entusiasmo do público no Rio Centro.

E foi só o primeiro dia.

Fontes informam que as pontuações dos jurados poderão ser manipuladas para favorecer e recompensar os países dispostos a pagar para ser sede de campeonatos organizados pela AIBA (Associação de Boxe Amador). Esta seria uma atitude, segundo a publicação, comum nos últimos anos.

Dirigentes do Azerbaijão teriam “doado” US$ 10 milhões para a AIBA para a expansão da World Series e da liga profissional da entidade em troca de receber competições internacionais.

Segundo o diário, altos dirigentes da AIBA garantem que uma “quadrilha” agiria na pontuação das lutas desde Pequim-2008 e que teria aumentado demais sua atuação após os Jogos de Londres-2012.

Por intermédio de um porta-voz, a AIBA se defendeu: “Desde junho de 2015, a AIBA realizou grandes mudanças na sua direção para garantir o desenvolvimento a longo prazo do nosso esporte de acordo com as necessidades de nossos parceiros de negócios e de desporto e para os benefícios da comunidade mundial AIBA”.

Só nos resta torcer para que nada de ruim se concretize nos ringues cariocas.

O trajeto designado a um dos atletas mais importantes do país, será na Avenida Brasil, no Jardim Europa, bairro nobre da cidade de São Paulo.

Eder, de 80 anos, disputou a Olimpíada de Melbourne, em 1956, quando ficou a uma vitória da medalha de bronze. Como profissional, foi campeão dos galos (1960 a 1965) e dos penas (1973 a 1974).