Manny Pacquiao garante que o ombro direito operado em maio está cada vez melhor. O filipino pediu calma ao empresário Bob Arum, que lhe deu uma bronca por ter ido viajar para a Indonésia e não comparecer a uma consulta médica nos Estados Unidos no último dia 4.

“Estou me sentindo muito bem, não sinto dores e quanto à consulta, posso fazer aqui mesmo (Filipinas)”, disse o pugilista, que, apesar dos projetos de seu empresário, só pensa em retornar em 2016. “Acho que abril ou maio é a melhor data.”

Bob Arum, ao contrário, se animou e já sonha com o retorno de Pac Man para novembro ou dezembro. O sonho do dono da Top Rank é colocar Pacquiao diante de Terence Crawford, campeão dos meio-médios-ligeiros, versão Organização Mundial de Boxe, no ano que vem.

Pacquiao tem uma viagem marcada para Tóquio, onde vai tentar conseguir que o Mundial de Basquete seja disputado nas Filipinas em 2019. Outro compromisso que deve impedir seu retorno aos ringues ainda este ano é a candidatura ao congresso filipino.

O empresário Bob Arum não está gostando da postura de Manny Pacquiao. O boxeador filipino tinha de retornar a Los Angeles para uma consulta com o médico Dr. Neal ElAttrache, da Kerlan-Jobe Orthopedic Clinic, dia 4 de julho, para saber do tratamento a ser realizado em seu ombro direito. Mas o pugilista preferiu ir para uma viagem à Indonésia.

“Bem, Pacquiao deveria ter vindo para ver o médico, e por algum motivo, ele decidiu cancelá-lo e vir mais tarde. Você sabe, ele não está agindo muito profissionalmente, na minha opinião”, disse o empresário, durante evento na China. “Você tem uma operação como essa, você tem que fazer a reabilitação, você tem que chamar o médico para olhá-lo e orientá-lo sobre o tipo de reabilitação que você pode fazer.”

Pacquiao passou por cirurgia no ombro direito dia 7 de maio, cinco dias após perder para Floyd Mayweather, por pontos, na “Luta do Século”, no ringue do MGM Hotel, em Las Vegas.

Uma nova guerra fria no boxe está armada. Bob Arum, dono da Top Rank, e Oscar De La Hoya, dono da Golden Boy Promotions, se uniram na justiça contra Al Haymon, da Premier Boxing Champions.

Veja os motivos apresentados pela Top Rank, que pede uma indenização de US$ 100 milhões, mesmo valor exigido pela Golden Boy Promotions:

1) Manusear boxeadores simultâneamente e promover lutas violando a Reforma Muhammad Ali aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 2000 para proteger os pugilistas;

2) Proibir os lutadores sob contrato com Haymon de serem promovidos por Top Rank ou outros promotores;

3) Pagar os boxeadores para que não participem de sparring com pugilistas promovidos pela Top Rank;

4) Não permitir que lutadores de Haymon lutem contra adversários controlados por outras empresas;

5) Bloquear a Top Rank e outras empresas de transmitir sua lutas pela televisão;

6) Impedir que representantes da Top Rank tenham acesso a recintos importantes do boxe.

Segundo o processo, o grupo Waddell & Reed, que trabalha com Haymon, gastou mais de US$ 400 milhões com estes procedimentos.

Por intermédio de um documento, Oscar De La Hoya apoiou a postura de Bob Arum.”Aplaudo Bob Arum e Top Rank por trabalhar a favor dos lutadores, não só de sua empresa, mas de todo o esporte. Golden Boy Promotions segue pressionando com nosso próprio processo para assegurarmos que este maravilhoso esporte siga crescendo de maneira competitiva e justa.”