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Arquivo : Miguel de Oliveira

Miguel de Oliveira: “Raphael Zumbano tem a chance de ser Buster Douglas”
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Miguel de Oliveira, ex-campeão mundial dos médios-ligeiros, é o treinador de Raphael Zumbano quando o peso pesado está no Brasil. Neste sábado, o sobrinho-neto de Eder Jofre terá a sua luta mais importante na carreira, diante do britânico Anthony Joshua, campeão olímpico em Londres-2012, dono de um cartel de 11 lutas, com 11 nocautes.

“Disse para o Raphael que esta não é mais uma luta. É a luta da vida dele. A luta que pode mudar a vida dele. A situação é igual ao do James Buster Douglas contra o Mike Tyson”, comparou Miguel, relembrando a maior zebra do boxe em todos os tempos, quando Douglas venceu Tyson por nocaute no décimo assalto.

Miguel admite que o trabalho de Raphael será muito difícil. “O cara (Joshua) é muito forte, mas o Raphael está bem fisicamente e precisa acreditar na vitória.”

Aos 34 anos, Zumbano, que é neto de Ralph Zumbano, um dos boxeadores mais técnicos da história do boxe brasileiro, soma 36 vitórias (29 nocautes), dez derrotas e um empate. Ano passado perdeu para o ex-campeão mundial Shannon Briggs, por pontos. Em 2015, foram três lutas, com duas derrotas e uma vitória.

A pesagem de Joshua x Zumbano acontece daqui a pouco.


Os 40 anos do título de Miguel de Oliveira
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Se existe uma pessoa gente boa no boxe, este é Miguel de Oliveira. Voz baixa, simpático e sempre acessível. Tive o prazer de acompanhar de perto seu trabalho como técnico de vários boxeadores, inclusive o grande Maguila. Como pugilista, não tive a oportunidade de ver suas lutas, mas a opinião é a mesma entre todos que falam comigo sobre ele: Miguel era uma pessoa diferente.

E é mesmo. Aos 67 anos, esbanja saúde, é maratonista e segue seu trabalho com alunos em uma importante academia de São Paulo.

Como boxeador, Miguel tinha a mesma característica. Calculista, estudioso, frio. Há exatos 40 anos, ganhava o título mundial dos médios-ligeiros do Conselho Mundial de Boxe, ao vencer o espanhol Jose Duran, após 15 rounds, por decisão unânime:  149-146, 149-143 e 147-142.

Pendurou as luvas aos 33 anos, com 46 vitórias (28 nocautes), 5 derrotas e um empate. “Depois do título, perdi a motivação. Já havia realizado meu sonho.” O sonho de ser campeão como fora seu ídolo de infância, Eder Jofre. “Comecei a lutar por causa do Eder.”

Parabéns, Miguel! Um dos grandes nomes do boxe brasileiro.


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